Por que é tão difícil fazermos os pais entenderem da importância de uma alimentação saudável para as crianças?
Criança gordinha não significa , criança saudável.
Juro que uma coisa que realmente me apavora e ver crianças a partir de 1 ano tomando refrigerante a rodo e pior ainda quando tomam diet ou sugar free cheio de substâncias que não deviam ser introduzidas na vida de um adulto imagina na de uma criança.
Desde que as minhas pequenas nasceram busco introduzir alimentos saudáveis para elas criarem o seu paladar, isto é feito até os 4 anos de idade. Então dou bastante frutas, legumes, produtos integrais e não, vários tipos de carnes e evito frituras, doces e refrigerantes.
Há um mês foram numa festinha infantil e comeram negrinho e branquinho pela primeira vez, a Stella gostou do negrinho e a Olívia comeu um e foi brincar. Proibir jamais, mas não ter em casa e não dar a cada manha quando não querem comer comida é fundamental. Minhas filhas pelo menos não abrem mão de um bom prato de comida com feijão, arroz, carne, legumes e um suco para acompanhar.
Vejo vários pais nervosos já que seus filhos não querem comer comida e para eles comerem algo dão batata frita, nuggets e doces. Pra mim nuggets é a pior coisa que existe pois é a carcaça do frango triturado com a pele e frito. Tudo o que há de pior.
E quando fui procurar escolhinha para elas esta era uma das minhas preocupações, alimentação. Fiquei chocada quando me deparei com o dia da salsicha, o dia do nuggets e o dia do pirulito e essas escolas ainda tem a cara de pau de me dizer que possuem nutricionista.
Neste fim de semana olhando o Fantástico choquei com o número de crianças obesas no país. No Rio Grande do Sul em torno dos 45% e em São Paulo acima de 50% .
Os grandes vilões são os doces, salgadinhos, embutidos e o refrigerante, que além de conter números altíssimos de cafeína e açúcar gera ansiedade na qual muitas vezes é confundida pelos pais como hiperatividade. Além da falta de atividade física.
Hoje 90% das crianças fica na frente da TV ou no videogame ou no computador com um copo de Coca-cola e um pacote de bolachinha recheada do lado. E a obesidade infantil gera problemas graves de saúde como o colesterol alto, tendências a doenças cardíacas, diabetes, entre outras .
Dêem uma lida nesse estudo Canadense sobre a cafeína na infância:
A presença cada vez maior de cafeína na alimentação diária traz à tona a seguinte questão: há limite para a ingestão diária de cafeína?
Cafeína é considerada uma droga, pois atua no Sistema Nervoso Central, como um estimulante. Quando utilizada em baixas doses, ela promove uma sensação de alerta e maior energia para quem a utiliza.
Porém, tanto em adultos como em crianças que usam cafeína em grandes quantidades podem-se observar os seguintes sintomas: nervosismo, dor de estômago, dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, dificuldade para dormir. Algumas pessoas podem ser mais sensíveis à cafeína e, mesmo ingerindo pequenas quantidades, podem apresentar insônia, dor de cabeça, irritabilidade e nervosismo.
A cafeína é encontrada em sua forma natural em produtos como café, chá e chocolate, mas pode ser adicionada a produtos como refrigerantes e bebidas energéticas, bem como a alguns medicamentos.
Embora as crianças não tenham o hábito de consumirem café, os refrigerantes possuem uma quantidade considerável de cafeína. Mesmo chás gelados (iced tea) podem conter tanta cafeína e açúcar quanto os refrigerantes.
O Canadá definiu normas para a utilização de cafeína em crianças, não se recomendando mais do que 2,5 mg de cafeína por Kg de peso, por dia, em crianças menores de doze anos de idade. Com base nesta recomendação e levando-se em conta a média de peso, a quantidade máxima de cafeína diária seria de:
45 mg/dia para crianças de 4 a 6 anos de idade;
62,5 mg/dia para crianças de 7 a 9 anos;
85 mg/dia para crianças de 10 a 12 anos.
Em adolescentes de 13 anos ou mais, deve-se seguir a regra de 2,5 mg/kg/dia, uma vez que, nesta idade, há uma variação grande de peso de um para o outro, devido à entrada em puberdade mais cedo ou mais tarde. Para adultos, a recomendação é de um limite diário máximo de 400 mg.
Uma vez sabendo o máximo permitido para as crianças, resta saber o quanto há de cafeína nos alimentos mais consumidos por elas. Vamos aos números:
1 lata de Coca-cola (355 ml) : 35 mg de cafeína
1 lata de Coca Zero (355 ml) : 47 mg de cafeína
1 lata de Pepsi (355 ml) : 38 mg de cafeína
1 barra de chocolate ao leite (40 g) : 14 mg de cafeína
1 barra de chocolate escuro (40 g) : 35 mg de cafeína
Café (200 ml) : 150 mg de cafeína
Leite com chocolate (200 ml) : 5 mg de cafeína
Observe que, se uma criança com idade entre 4 e 6 anos consumir uma lata de refrigerante, praticamente já alcançou seu limite aceitável de consumo de cafeína em um dia! Portanto, refrigerantes são os grandes vilões, não só pelo fato de serem doces e promoverem aumento de peso e obesidade, mas pelo fato de conterem cafeína em quantidade relativamente grande para o consumo infantil.
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