Hora do Banho

Nos primeiros dias de vida da Olívia e da Stella os banhos foram dados pelas enfermeiras, praticamente de gato, já que elas não podiam ficar muito tempo fora da encubadora e porque o umbigo ainda não havia caído. Assim, a parte de limpá-los  também acabou ficando com elas. Quando foram para a encubadora aberta onde o aquecimento vem por cima começamos a dar o banho . Inicialmente um dia sim , um dia não. As enfermeiras nos ensinaram e lá fomos nós.

Confesso que meu marido dava muito melhor que eu, ele segurava firme as pequenas e eu morria de medo de que elas escorregassem, afinal eram tão frágeis. 

Enchíamos uma bacia , que carinhosamente a mãe de outras gêmeas chamava de bacia de temperar radicci. Usávamos sabonete líquido de glicerina e um creminho na bundinha ou gotinhas de dersani para evitar assaduras.

Quando foram para o berço aberto lá estávamos nós todos os dias ás 14:30 para a tarefa, normalmente o Marcello dava o Banho em uma e eu vestia e já amamentava , enquanto ele dava o banho na  outra. Realmente um trabalho em equipe que trouxemos para a nossa rotina.

Quando fomos para casa , nos orientaram a dar o banho a noite , para o bebê relaxar e dormir melhor. Então passamos a dar o banho ás 21h. Depois era mamar e cama. Continuamos assim até hoje.

Inicialmente , dávamos na banheirinha e fazíamos todo aquele ritual acrescentando uma massagem xântala com um creme Hora de Dormir, para relaxar bem as pequenas. 

Quando elas tinham uns 8 meses passamos a dar banho na nossa banheira e hoje em dia a maioria são no chuveiro. E quase sempre com o papai delas, onde criaram um vínculo legal

Acho super importante , para unir pais e filhos que o pai participe em alguns momentos da rotina do bebê, que faça deste momento algo deles para criar uma ligação e o bebê começar a identificá-lo melhor. Já que ele não pode amamentar , sugiro o banho, onde há um contato e eles podem brincar, cantar e dar muitas risadas.
Nessa semana li um post sobre banho tóxico de um blog chamado Pediatrio. Eu li pois uma amiga publicou e acabei achando super importante para estar ligado a este meu texto. Então ai vai na íntegra.

Em 2007, realizou-se um levantamento com 3.300 pais americanos, para se saber quais produtos de higiene, entre xampus, loções e sabonetes, eles mais utilizavam em suas crianças. Com base nestes dados, verificou-se que as crianças estão expostas a uma média de 60 tipos de ingredientes químicos todos os dias, sendo que muitos deles não são seguros, segundo as agências de controle governamentais. Mesmo aqueles produtos propagandeados como naturais, podem conter ingredientes químicos nocivos à saúde dos bebês e crianças.

A exposição a agentes químicos durante a infância tem efeito muito maior do que no adulto, uma vez que bebês e crianças são mais vulneráveis, sua pele é 30 % mais fina do que a do adulto e pode absorver quantidades maiores de substâncias químicas. Além disto, a inalação de produtos químicos nocivos à saúde acaba sendo maior relativamente ao seu peso, quando comparado com o adulto. Por fim, a barreira sanguínea que protege o cérebro de agentes químicos (chamada barreira hemato-encefálica), não está completamente desenvolvida até o bebê completar seis meses de idade.

Dentre os agentes tóxicos presentes em cosméticos, um deles chamou a atenção, por estar presente em um produto muito utilizado no mundo todo: o Shampoo Johnson. Este produto contém uma substância chamadaQuartenium -15, que é utilizado como um preservativo em muitos cosméticos. Na verdade, o Quartenium-15 age como um liberador de formaldeído e, esta substância é conhecida por ser cancerígena, além de desencadear frequentemente reações alérgicas na pele ( vide fonteshttp://www.safecosmetics.org/article.php?id=887 ;http://www.cbsnews.com/8301-204_162-20128253/group-johnsons-baby-shampoo-a-cancer-risk/ e http://www.ewg.org/report/toxic-tub/31209).

Curiosamente, a Johnson & Johnson utiliza o Quartenium-15 em xampus para bebês, porém não em todos os países onde vende seus produtos. Na Dinamarca, Finlândia, Japão, Holanda, Noruega e África do Sul, o Shampoo Johnson para bebês não contém esta substância. Já nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, China, Indonésia e Brasil, há Quartenium-15 na fórmula.

A empresa Johnson & Johnson está sendo pressionada há mais de dois anos nos Estados Unidos para que retire o Quartenium-15 da fórmula de produtos para crianças,mas,até o momento, isto não ocorreu. O que fizeram neste país, foi lançar uma linha chamada Johnson’s Naturals, cuja fórmula não possui esta substância, porém tem preço mais alto.

A questão é a seguinte: Por que utilizar Quartenium-15 no Shampoo Johnson em alguns países e em outros não? As crianças de nenhum país merecem este banho tóxico. Ao comprar produtos para crianças e bebês,preste atenção aos componentes da fórmula. Se contiverem Quartenium-15 (ou sinônimos comoDowicil 75, Dowicil 100, Dowco 184 ou Azoniaadamantanato), não utilize. Esta será a melhor forma de pressionar a indústria e proteger nossos bebês e crianças.

Fiz uma pesquisa entre algumas marcas de xampus para bebês, nacionais e importadas, disponíveis no Brasil e descobri o seguinte:

Shampoo Johnson Baby – possui Quartenium-15

Shampoo Granado Bebê – possui Quartenium-15

Shampoo Huggies Turma da Mônica - não possui Quartenium-15

Shampoo Natura Mamãe Bebê – não possui Quartenium-15

Shampoo Weleda baby (importado) – não possui Quartenium-15

Shampoo Mustela para bebês (importado) – não possui Quartenium-15