como vocês sabem tiramos férias e fomos para Paris e Lisboa com as pequenas. Minha mãe foi junto comigo, já que meu marido estava nos esperando em Paris , pois viajar com dois bebês não é muito fácil, não só por eles, mas pela tralha toda que se leva.
Vou contar um pouco da minha experiência, mas com certeza cada um deve ter a sua.
Ao marcarmos a viagem soube que as companhias aéreas tinham um bercinho , onde bebês de até 11 kg podiam ir, então resolvi ligar para reservar 2.
Ao ligar para a Tam, companhia que viajaríamos na ida, trecho POA/ Guarulhos/Paris levei o tempo de 52 minutos para conseguir reservar os bercinhos e ainda tinha o custo de 50 euros por bercinho. Depois liguei para a Tap vôo de volta trecho Paris/ Lisboa/ PoA e a atendente levou 8 minutos e o serviço era de graça.
Antes de viajar confesso que estava um pouco tensa, como será que as minhas filhas iriam se comportar , se iriam chorar ou ter dor de ouvido, ouvi vários relatos de mães e a pediatra das gurias indicou dar umas gotinhas de Dramim para caso elas ficassem agitadas. E para a temida dor de ouvido a dica era que elas estivessem mamando ou sugando o bico, tanto no momento da decolagem quanto da aterrissagem.
E lá fomos nós. Fizemos o check in como prioridade na TAM POA e o embarque apesar de atrasado também tivemos prioridade, só para quem não sabe , como eu não sabia, se vai até a entrada do avião com o carrinho de bebês e de lá eles guardam. No trecho POA/ Guarulhos elas foram bem tranquilas no colo,observando tudo e sorrindo para as pessoas, mamadeiras a postos na decolagem e bico na aterrissagem. Foram a alegria das aeromoças ou comissárias de bordo, rsrsrs. Na chegada em Guarulhos o carrinho estava na porta do avião nos esperando e ao chegar ao desembarque um funcionário da TAM nos recebeu e nos acompanhou por todos os procedimentos até a entrada do avião que nos levaria á Paris. Super atencioso.
O vôo foi muito tranquilo, sentamos nas cadeiras da frente onde eles colocam os bercinhos e as gurias dormiram até 2 horas antes da chegada em Paris, e acabei não dando o Dramim, até para sentir como elas se comportariam sem remédio. Novamente, mamadeira na decolagem e na aterrissagem, porém a Stella não queria e começou a chorar com o dedinho apontando para o ouvido, mas daí dei um peito e ela se acalmou.
Na chegada em Paris tivemos que desembarcar com elas no colo, já que o carrinho estaria nos esperando na esteira, começou a parte mais difícil já que as duas já estão pesando 9 kg, então junta-se 9k, mais bagagem de mão, passaporte resultado : bagunça . Enquanto eu recolhia malas e carrinho, minha mãe ficava com as duas que já estavam impossíveis querendo brincar, mas ela contou com a ajuda de um mama italiana muito querida que conhecemos no aeroporto.
Resolvi não arriscar em pegar taxi, pois estávamos com 2 malas e mais o carrinho e as vezes não cabe num veículo só , então com a ajuda da minha professora de francês Valerie contratei um transfer
Após 9 dias maravilhosos lá estávamos nós com , agora, 4 malas , um carrinho duplo, 2 bebês e 3 adultos indo para Lisboa no vôo da Tap. Contratamos o mesmo transfer e lá fomos nós para o aeroporto.
Chegando lá no check in fomos atendidos e estávamos com excesso de bagagem , mas a atendente desistiu de nos cobrar, acho que ficou comovida com o tamanho da família buscapé. Na entrada do vôo não éramos prioridade e neste trecho Paris/ Lisboa não havia bercinhos. Nos colocaram na penúltima fila do avião que balançava horrores, as gurias dormiram, mas quando acordaram estavam meio impacientes, pois o vôo tinha a duração de 2 horas e 30 min. Subida e descida tranquilos chegamos a Lisboa, ó pá.
Depois de mais 5 dias incríveis, 5 malas, bagagem de mão , carrinho duplo, 2 bebês e 3 adultos contratamos um transfer para nos levar ao aeroporto, este já veio com duas cadeirinhas de bebê, o custo um pouco caro pela distância do aeroporto, 48 euros. Chegando no aeroporto uma fila enorme para o check in da TAP e não tínhamos preferência. A atendente da TAP levou 1 hora e 10 minutos para fazer o nosso check in , pois não encontrava a Olívia na lista de passageiros, como sou prevenida sempre imprimo todas as reservas e levo para qualquer problema, entreguei toda a documentação e mesmo assim ela não achava, já estava louca de raiva , pois ela não chamava ninguém para resolver e ficava nos olhando com uma cara de idiota. Daí o Marcello perguntou pra ela se ela havia digitado o código da reserva e claro ela não o tinha feito e então o que acontece? Aparece a Olívia no sistema, após 1 hora e 10 o superintendente vem e pergunta porque da demora e ela fala ele resolve tudo e nos liberam, porém nos avisam que não sabem se os bercinhos vão estar disponíveis, já que eu tinha feito a reserva no Brasil. Confesso que fico transtornada com pessoas de pouca inteligência ou seria boa vontade.
O vôo atrasou 3 horas e eu já louca para sair das terras lusitanas e chegar no meu lar doce lar.
Na hora do embarque tivemos prioridade e fomos bem tratados, a tal funcionária do check in ainda fez a delicadeza de nos espalhar pelo avião sendo que havia poltronas juntas com disponibilidade de colocar 2 berços, o que facilitaria muito a minha vida . Mas a aeromoça percebeu e fez a troca. Descobri nesta experiência que vôo diurno não é o mais indicado para crianças, já que mesmo com bercinhos elas não dormem o tempo todo, e querem brincar e se incomodam de ficar no mesmo lugar, então tanto nós como todos os outros pais,já que haviam 9 crianças, ficávamos passeando com o bebês pela aeronave.
Os comissários foram bem atenciosos e o espaço destas cadeiras da TAP é muito maior que as da TAM.
Ah, esqueci de comentar , ambas as companhias possuem alimentação para bebês, papinhas doces e salgadas e para quem nunca havia notado nos toaletes há trocadores.
Outra dica importante, é permitido levar leite em pó e alimentos para os bebês na bolsa de mão, apenas em Lisboa, que estava com mamadeiras prontas, tive que bebe -las para provar que não havia nenhuma substância ilegal.
Em fim, chegamos em Porto Alegre, e desta vez na aterrissagem a Olívia desatou a chorar desesperada com dor no ouvido, e não aceitava mama, peito ou bico. Mas assim que o avião pousou ela abriu um sorriso e fomos felizes para casa.
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